Jotapê
Olha, faz algum tempo que venho observando o comportamento de certas pessoas, gosto muito de assistir a bela “comédia da vida privada”, ver o ser humano no seu íntimo, observar como ele é dotado de razão, liberdade para ser o que bem entender e fazer o que quiser. Porém, com o tempo descobrimos que necessitamos um do outro se quisermos sobreviver, a começar pelos seus pais que dedicaram tempo e afeto a você sem esperar nada em troca, com algumas “raras” exceções, para depois começar a perceber que cada um tem o seu papel e sua função em uma sociedade. Descobrimos que infelizmente, ou felizmente se você preferir, nós não somos eternos, um belo dia teremos de acertar as nossas contas com a morte, e só então percebemos o quanto somos limitados, e, na tentativa de superar esta nossa deficiência, buscamos nos organizar através de um sistema de signos, facilitando assim a comunicação, fazendo com que o nosso conhecimento não se perca no tempo e possa ser acessado por outros que compreendam estes dados, o repliquem e deem continuidade. Portanto, o ideal seria que as pessoas aprendessem com os erros passados e quisessem levar uma vida interessante para que a sua trajetória no planeta não seja simplesmente mera passagem, mas sim servir de exemplo para que as próximas gerações possam dar continuidade nas suas ações e a todo este conhecimento vivo que não é ensinado nas escolas.
Olha, faz algum tempo que venho observando o comportamento de certas pessoas, gosto muito de assistir a bela “comédia da vida privada”, ver o ser humano no seu íntimo, observar como ele é dotado de razão, liberdade para ser o que bem entender e fazer o que quiser. Porém, com o tempo descobrimos que necessitamos um do outro se quisermos sobreviver, a começar pelos seus pais que dedicaram tempo e afeto a você sem esperar nada em troca, com algumas “raras” exceções, para depois começar a perceber que cada um tem o seu papel e sua função em uma sociedade. Descobrimos que infelizmente, ou felizmente se você preferir, nós não somos eternos, um belo dia teremos de acertar as nossas contas com a morte, e só então percebemos o quanto somos limitados, e, na tentativa de superar esta nossa deficiência, buscamos nos organizar através de um sistema de signos, facilitando assim a comunicação, fazendo com que o nosso conhecimento não se perca no tempo e possa ser acessado por outros que compreendam estes dados, o repliquem e deem continuidade. Portanto, o ideal seria que as pessoas aprendessem com os erros passados e quisessem levar uma vida interessante para que a sua trajetória no planeta não seja simplesmente mera passagem, mas sim servir de exemplo para que as próximas gerações possam dar continuidade nas suas ações e a todo este conhecimento vivo que não é ensinado nas escolas.
É
certo que nem tudo são flores, este livre arbítrio do qual fomos contemplados
faz com que alguns tomem posicionamentos diferentes do que é convencionado pelo
“senso comum”. Esse tal “bom senso”, como é popularmente conhecido, é algo
muito pessoal e gera diferentes sentenças de acordo com cada cabeça. Afinal, se
cada pessoa possui um gosto diferente, pensa diferente, são diferentes entre si
com cores diferentes, traços diferentes, pertencem a classes diferentes, de orientações
sexuais diferentes, vivências em diferentes lugares e estruturas familiares
diversas, para mim é óbvio que isso daria em uma enorme confusão na busca da
verdade absoluta. Enquanto os deuses se divertem com toda essa “humanidade”, somos
tolos querendo nos entender, presos dentro de si mesmo, que na tentativa de
encontrar o próprio Eu nos frustramos com a figura do próximo que nem sempre é,
ou, faz parte daquilo que acreditamos ser o ideal. A sua defesa é honesta, é
sincera, mas ela é só a sua certeza, a minha eu é que sei e ela pode ser bem
diferente da sua!
O
que fazer para resolver?
Como
seres políticos que somos, ditamos regras, inventamos leis, e vendemos o nosso
direito de existir plenamente em função dos nossos acordos de convivência.
Assumimos papéis e posturas por status, afirmamos estereótipos, nos enquadramos
em gráficos que registram uma sociedade doente, com um genocídio ascendente,
nos fazendo vítimas do consumismo exagerado, da propaganda enganosa que
incentiva o egoísmo criando “paraísos artificiais”, mostrando um mundo que nem
sempre condiz com a nossa realidade, nem sempre representa nossos verdadeiros
sentimentos, nossa verdadeira face, nos expomos sem a mínima preocupação e
acabamos sempre taxados de forma negativa.
Eu
prefiro acreditar no RESPEITO e na HUMILDADE. Pois, onde existe respeito não há
espaço para injustiças e intolerância. “Respeito é pra quem tem...” já dizia o
grande mestre Sabotagem, palavras sábias de alguém que viveu do outro lado e
sabia muito bem como funcionava o sistema, como ele é cruel, um homem que sabia
que se eu te trato com respeito e você me trata com respeito não haverá motivos
para atritos, cada um na sua individualidade respeitando os limites do próximo.
Agora, humildade não é abaixar a cabeça, não é pobreza e nada tem a ver com a timidez.
Humildade é reconhecer que estamos sujeitos ao erro, é dar valor ao que é
realmente de valor, tais como a família, amigos e trabalho. Estar aberto para novos
conhecimentos, novas oportunidades, outras culturas e aprender com as diferenças.
É reconhecer que o seu Eu faz parte de algo muito maior do que você imagina, de
que somos um só, e a guerra não pode ser entre nós, mas sim contra o Mal que se
espalha na sociedade, que insiste em nos rotular, nos classificar, segregar,
nos fazendo acreditar que nossas diferenças são intoleráveis, que precisamos
nos enquadrar em um sistema que só visa o lucro, padroniza a beleza, nos separa
em classes e incentiva o consumo desenfreado de equipamentos que são
rapidamente descartados, roubados e substituídos sem a menor necessidade porque
a constante evolução tecnológica nos força a obter sempre o mais atualizado,
pois o que temos entra em defasagem com uma velocidade cada vez maior.
Imagine
se ao invés de julgarmos o outro com o que não nos agrada, o avaliássemos pelo
que ele tem de melhor, não seria bem melhor? O caráter então, o que acha?
Pense
em quantos exemplos de superação você conheceu ao longo da sua vida? Quanto
você subestimou? Não é sua culpa, somos todos assim, julgamos através do nosso
ponto de vista, é justo? Nem sempre, mas somos racionais e temos direito de
escolha, porém você não sabe a minha história, não sabe por onde andei e nem o
que tenho passado, é muito fácil avaliar superficialmente ou dizer que não lhe
diz respeito, fingir não ver, enquanto você não sofre com as consequências dos
seus atos.
Reflita
sobre as minhas palavras, se coloque no lugar do outro e verá pontos de vista
bem diferentes dos que habitam o seu intelecto. Em meio a toda essa guerra de
bananas e macaquices não foi preciso citar a palavra NEGRO para dizer onde quero
chegar.
Afinal,
isso é preconceito ou é palhaçada?
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